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Anjo da Guarda: Existe ou é Mito?


Anjo da Guarda: Existe ou é Mito?

Angeologia é uma área da teologia cristã que estuda a existência incorpórea, a natureza e as funções dos anjos, espíritos puros.

Túmulos egípcios e mosaicos romanos reproduzem cenas onde há seres alados que têm aparências humanas e não são pessoas nem divindades. Antes do Cristianismo, tradições religiosas orientais pagãs referem-se a mensageiros celestes (anjos) a serviço das comunicações entre os deuses. Teriam deixado um legado artístico para os cristãos pintarem, esculpirem ou representarem os anjos? Haveria uma dependência judaico-cristã dessas culturas pagãs? Na linha antropológica e histórica há espaço livre para pesquisa e opiniões. Independentemente delas, a doutrina cristã ensina a crer nos anjos e em especial no anjo da guarda (Mt 18,10).

O catecismo católico relaciona os anjos à missão de Cristo e à vida da Igreja. Aparições, proteções, anúncios, orações bíblicas envolvem anjos, querubins, serafins, arcanjos, o Anjo do Senhor: do Gênesis ao Apocalipse. A Tradição da Igreja professa esta fé desde os primeiros escritores, nos Concílios, no culto litúrgico e no ensino oficial do magistério.

A reflexão dos sábios pensadores cristãos dos primeiros séculos do Cristianismo ajudou a teologia a aprofundar a doutrina comum sobre a existência, a natureza e a função dos mensageiros celestes no projeto salvador de Deus.

Na Bíblia eles não têm nomes, exceto os três arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. Segundo biblistas renomados, não se pode deduzir das palavras de São Paulo uma hierarquia angélica. No famoso hino à supremacia de Cristo (Cl 1,16; Ef 1,21etc.) Paulo nomeia "Principados, Autoridades, Poder e Soberania". Seriam as quatro categorias da totalidade do Cosmos, incluindo o mundo angélico, para a literatura judaica alheia À Bíblia.

São Paulo diz: sejam quais forem os poderes dos seres corpóreos e incorpóreos, todos estão sob a supremacia de Cristo. Há semelhança entre as diversas angeologias.

Já os mitos modernos sobre as funções prestadas pelos anjos aos homens por ordem divina, ou no lugar do próprio Deus, são produtos de fantasia. Tudo o que se refere ao conhecimento de Deus, segundo a revelação trinitária, é bem distinto. A Bíblia, a tradição cristã e o magistério eclesial apregoam no culto aos anjos uma sã espiritualidade que supõe a fé na providência de Deus.

É certo que a energia infinita de Deus faz-se presente nos espíritos incorpóreos. Mas, há que se desconfiar quanto à proliferação de hierarquias, nomes e atributos repassados a supostos anjos nas ondas de misticismo, ocultismos, numerologia que invadem a internet.

Acreditar em anjos e demônios inventando  uma angeologia eievada de superstições e mitos é negar o poder de Deus. É preciso impermeabilizar as verdades de fé cristã sobre a natureza, funções dos anjos e a proteção individual do anjo da guarda, separando-as dos devaneios, das fantasias ou emoções que facilmente escorregam para lendas. Cultivar uma sólida devoção ao anjo da guarda faz parte do depósito da fé.

Autor: Pe. Antônio Clayton Sant'Anna, C.SS.R.

Fonte: Revista de Aparecida - dezembro/2012 


 

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