
ícone da Rússia.
No Antigo Testamento Deus vetou confeccionar imagens (Ex. 20, 4s), para adorar a Deus, já que, para os antigos, a efígie era a própria divindade. Deus, no entanto, ordenou a Moisés que fabricasse 2 querubins para encimarem a arca (Ex 25, 18) e também fundir uma serpente de bronze (Num 21, 8) para curar os picados pelas cobras. Essa proibição findou, quando o Verbo se fez homem, porque Ele é a "imagem substancial do Deus invisível" (Col 1, 15) e "quem o via, via também o Pai" (Jo 14, 9).
Como se origina um ícone?
O ícone é a manifestação externa do sobrenatural, da fé, da piedade, da religiosidade interior e monástica de quem o projetou.
Os ícones, mais do que estética, encerram em si e transmitem ensinamentos evangélicos. São a Bíblia dos que desconhecem a Palavra de Deus. Ela e o canto sacro santificam por meio do ouvido; o ícone faz o mesma pela vista.
Os ícones são instrumentos de graça, quase como uma aparição de Jesus, Maria, algum anjo ou santo. Eles não são peças de arte recolhidos nos museus, mas tesouros espirituais, venerados, ainda hoje, nas igrejas do Leste Europeu. Existem, também, inúmeros ícones guardados nos museus: na galeria Tretjokov em Moscou há mais de 4.260. Nas casas de família os ícones são colocados num ângulo da entrada, com lamparina sempre acesa. Os visitantes, ao chegar, cumprimentam os presentes e se põem a orar diante dessas sagradas imagens e só depois passam a conversar com os da casa.
Fonte: Livro da Família -1993

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