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Angelus (vídeo legendado)

O que é o Angelus e sua Tradição

atualizado em 06/08/2019

A Hora do Angelus (ou Toque das Ave-Marias), que corresponde às 06:00, 12:00 ou 18:00 horas do dia, relembra aos católicos, através de preces e orações, o momento da Anunciação (feita pelo anjo Gabriel a Maria) da concepção de Jesus Cristo, acreditada como livre do pecado original. No mundo cristão trata-se de uma hora celebrada diariamente através de preces e orações. 

Em Portugal, o Angelus é habitualmente rezado ao meio-dia, sendo inclusivamente transmitido diariamente pelo Rádio Renascença (Emissora Católica Portuguesa), através tanto do Canal 1 como da RFM. Em algumas localidades, os sinos das igrejas chegam mesmo a tocar de maneira especial para que se dê início às respectivas orações. 

O seu nome deriva do início da frase: Angelus Domini nuntiavit Mariæ. As orações consistem em três textos que descrevem o mistério.

Vejam este lindíssimo vídeo com a oração:

A tradição de rezar o Angelus

O Angelus é uma oração recitada em recordação do Mistério perene da Encarnação três vezes ao dia: às 6 da manhã, ao meio-dia e às 18 horas, momento em que é tocado o sino do Angelus. 

Cidade do Vaticano

Milhares de pessoas reúnem-se ao meio-dia de domingos e dias santos, na Praça São Pedro, para acompanhar a oração mariana do Angelus conduzida pelo Papa Francisco.

Tradição

Trata-se de uma antiga tradição. A recitação, acompanhada pelo badalar dos sinos das igrejas, teve início no século XIII. Era chamada na época de “oração da paz”, pois o objetivo era honrar o Filho de Deus que, encarnando-se no seio da Virgem Maria, colocou os fundamentos da paz entre Deus e os homens. A oração era rezada somente no início da noite, pois se acreditava que o Arcanjo Gabriel apresentou-se a Virgem Maria ao entardecer. Inicialmente era composta pelas palavras da primeira parte da Ave-Maria, repetidas diversas vezes. Somente mais tarde, assumiu a fórmula rezada atualmente.

Alguns defendem que a prática tenha nascido na Alemanha, no início do século XIII, baseados em expressões marianas escritas em sinos. Outros atribuem a origem da prática mariana a Gregório IX (por volta de 1241), o Papa que foi eleito aos 85 anos.

A primeira notícia precisa sobre o Angelus Domini remonta a 1269, período em que São Boaventura de Bagnoregio, conhecido como “doutor Serafico”, foi superior-geral da Ordem Franciscana. De fato, durante o capítulo geral dos Frades Menores realizado em Pisa, foi prescrito aos frades a saudação a Nossa Senhora todas as noites, com o som dos sinos e a recitação de algumas “Ave-Marias”, recordando o mistério da encarnação do Senhor. Foi estabelecido também que, nas pregações, “os frades deveriam persuadir o povo a saudar algumas vezes a Bem-aventurada Virgem Maria ao som do sino de Compieta, à noite”.

Já no Sínodo de Strigonia (Hungria), em 1307, um decreto prescreveu que os sinos deveriam tocar todas as noites “instar tintinnabuli” (docemente) e os fiéis que tivessem recitado três Ave-Marias receberiam indulgência plenária. Com o passar do tempo, a oração passou a ser rezada também durante a manhã, a partir de 1400. Mas foi o Papa Calisto III, em 1456, que prescreveu o badalar dos sinos do Angelus também ao meio-dia com a oração de três Ave-Marias.

Por fim, um sínodo realizado em Colônia no início do século XV estabelecia claramente: “De agora em diante, todos os dias, em cada igreja, no nascer do sol, sejam tocados três vezes os sinos como se costuma fazer ao entardecer, para saudar a Virgem gloriosíssima”. E se concedia indulgência àqueles que, durante o tocar dos sinos, tivessem recitado três Ave-Marias.

Os Papas e o Angelus

O Papa Paulo VI incluiu a oração no documento Marialis cultus, exortando a manter vivo o costume de recitá-la diariamente. O Angelus também foi uma oração muito cara ao Papa João Paulo II, que a constituiu momento de encontro com fiéis de todo o mundo, na Praça São Pedro.

O Angelus do meio-dia – hoje o mais difundido, mesmo porque é vivido como forma de pausa durante o dia e elevação do pensamento a Mãe do Céus – foi o último a ser introduzido na prática dos fiéis e difundiu-se muito lentamente.

Em 1475, o rei da França, Luis XVI, obteve do Papa Sisto IV que fossem concedidos 300 dias de indulgência àqueles que “ao meio-dia recitassem devotamente três Ave-Marias pelo bem da paz e a unidade do Reino”.

Sob o Pontificado do Papa Sisto IV (1471-1484), o Angelus do meio-dia foi introduzido também na Inglaterra, a pedido da Princesa Elizabeth, futura mãe de Henrique VIII. Em um livro de orações de 1526, se especificava que Sisto IV havia concedido especial indulgência a quem tivesse recitado “três Ave-Marias às 6 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde”.

Pio XII inaugurou o encontro com os fiéis, assomando à janela do escritório do palácio Apostólico para “dar uma palavra de fé aos fiéis e a bênção, e João XXIII introduziu outras palavras à oração do Angelus.

Já a primeira ‘transmissão’ do Angelus festivo ocorreu com o Papa Pio XII, em 15 de agosto de 1954, em Castel Gandolfo, por ocasião da convocação do Ano Mariano Universal.

Oração do Angelus em português:

Angelus

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria…
V. Eis a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave Maria…
V. E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou no meio de nós.
Ave Maria…
V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos.
Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Amén.
Gloria ao Pai... (3 vezes)
Dai-lhes Senhor o descanso eterno. E a luz perpétua os ilumine. Descansem em paz.
Amém...
Bênção Apostólica ou papal
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Seja bendito o nome do Senhor.
Agora e sempre.
A nossa proteção está no nome do Senhor.
Que fez o céu e a terra. Vos abençoe o Deus Onipotente, Pai, e Filho e Espírito Santo.
Amém

14 janeiro 2019, 11:05

Fonte: Vatican News

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