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Egoísmo e amor não convivem - 6° Domingo da Páscoa (Ano B )


Egoísmo e amor não convivem

6° Domingo da Páscoa – 
Ano B

Evangelho de João 15,9-17

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isso para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.”


REFLEXÃO:

Jesus comunica a seus discípulos que vai enviar-lhes o Espírito da Verdade, que procede do Pai. Chama-o de Advogado (ou Defensor). Ele vem para dar testemunho de Jesus e de sua obra, isto é, lembrar e esclarecer aos discípulos tudo o que Jesus ensinou. O Espírito estará presente e atuante na vida de cada cristão e na vida das comunidades, em toda parte. Sofrerão tribulações, preditas por Jesus, o qual não descarta sequer o absurdo de alguém que, “matando vocês, julgará estar prestando culto a Deus”. Em outra circunstância, Jesus adverte seus seguidores de que não precisam preocupar-se com o que vão responder diante dos tribunais, pois terão a garantia da ação eficaz do Espírito Santo, o Defensor dos cristãos.

(Dia a dia com o Evangelho 2024)[1]

Oração do Dia

Deus todo-poderoso, dai-nos viver com ardor estes dias de júbilo em honra do Senhor ressuscitado, para que sempre manifestemos com nossas obras o mistério que celebramos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Egoísmo e amor não convivem

O verbo ‘amar’ condiciona todo o evangelho de hoje. A palavra ‘amor’ está no centro do Cristianismo e é o eixo sobre o qual giram todas as virtudes e doutrinas do Novo Testamento. O Reino dos Céus, que Jesus veio implantar, é sinônimo de Reino do Amor. Todas as virtudes lhe servem de alimento e nenhuma subsiste sem ele. Quando São João define Deus como amor (Jo 4,8), está pensando em alguém que enche todos os seres com sua plenitude, sem nada desejar deles, senão uma resposta de amor. Cristo é a concretização tanto do amor do Pai quanto do mais perfeito amor das criaturas. Pedro pôde dizer de Jesus: “Ele passou, fazendo o bem” (At 10,38).

Talvez a palavra ‘amor’ seja das mais pronunciadas em todas as línguas. Penso, no entanto, que a humanidade anda muito carente de amor. Quase diria que há um vazio crescente de amor. Os laços que expressavam amor estão se tornando cada dia mais frágeis e se rompem com facilidade. E não se criam outros. Isso porque temos dado grande espaço aos egoísmos. Egoísmo pessoal e egoísmo de pequenos grupos. Ora, egoísmo e amor não convivem. À medida que nos preocupamos em defender e aumentar nossa propriedade (e isso quase sempre se faz às custas de outros), tornamo-nos mais solitários. O grande problema de hoje é a mudança de uma letra: passar de solitário para solidário, porque a solidariedade provoca e gera amor. Por isso São Paulo disse que Cristo foi solidário com os homens (FI 2,7). Esse solidarismo só se explica pelo amor. É no evangelho de hoje que ele insiste: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado” (v. 12). E não deixa por menos: ele nos amou com o mesmo amor com que o Pai do Céu o amou. O modelo de amor proposto por Jesus é, portanto, o modelo do amor trinitário. A vida terrena de Jesus, as razões de seu nascimento e de sua morte expressam esse amor, e de uma forma compreensível e acessível às criaturas humanas.

FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFM, entrou na Ordem Franciscana no dia 23 de dezembro de 1954. Escritor e jornalista, é autor de vários livros e este comentário é do livro “Ministério da Palavra – Comentários aos Evangelhos dominicais e Festivos”, da Editora Santuário.[2]

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