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Padre exorta outros padres a respeitarem a fórmula da absolvição

confissão e absolvição

Philippe Lissac | Godong

Reportagem local - publicado em 03/08/21

"Com frequência recebo mensagens de fiéis preocupados com a validade de suas confissões"

O pe. Wellington José de Castro exortou os outros padres a respeitarem a fórmula da absolvição no sacramento da confissão:

“Padres, por favor, usem a fórmula da absolvição prevista no ritual!”

Reproduzimos a seguir o comentário publicado via rede social pelo sacerdote brasileiro, que é da arquidiocese de Campo Grande, MS, mas atualmente se encontra na Itália:

“Há duas situações que me preocupam e creio que o mesmo aconteça com [outros] meus irmãos padres. Com muita, muita frequência, recebo mensagens de fiéis preocupados com a validade de suas confissões pelo fato de o sacerdote alterar a fórmula da absolvição.

Tal prática, infelizmente, é muito comum. Por exemplo, há umas semanas fui me confessar e o meu confessor não estava. Fui a outra igreja e me confessei, então, com outro sacerdote. No momento da absolvição, ele simplesmente rezou a oração de absolvição do ato penitencial da Missa. Pedi, com respeito, que ele rezasse a absolvição sacramental. Resmungou, mas fez. Muito provavelmente faz sempre o uso desta fórmula inadequada e… errada!

Porém, uma coisa é validade e outra é licitude. Os canonistas e os moralistas não são unânimes sobre este assunto, mas a maioria afirma que, para a validade da absolvição, requer-se certamente que o sacerdote pronuncie, como mínimo, as palavras: ‘Eu te absolvo de teus pecados’, ainda que lhes acrescente outros elementos, como ‘de todos os teus pecados’, ou omita a invocação final à Santíssima Trindade (o que, convenhamos, é muitíssimo raro)”.

A fórmula da absolvição

O padre prosseguiu:

“Para alguns autores seriam suficientes para a validade da Confissão as palavras ‘Eu te absolvo’, já que indicam claramente tanto o sujeito que é absolvido quanto a absolvição do débito por ele contraído ao pecar. Com efeito, a palavra ‘absolvo’, pronunciada por um sacerdote munido do poder de perdoar pecados em nome de Deus, tem por si mesma força para significar a solução do vínculo dos pecados, ainda que não os expresse direta e explicitamente.

Ao mesmo tempo, é ilícito e injustificável usar outra fórmula distinta daquela que prevê a Igreja, ou seja: ‘Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo Ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo’ (Ritual Romano, Rito da Penitência).

É verdade que a ação de Deus vai além dos sacramentos e os fiéis contritos e com o desejo de se reconciliar com o Senhor e de reaver a graça não mereceriam que tal não acontecesse por descuido / má-fé / despreparo /erro do sacerdote. Por isso, particularmente, creio sim na validade (embora haja ilicitude) destas confissões”.

Penitentes despreparados

O padre prosseguiu:

“A outra situação que me preocupa (e aqui na Itália tenho visto com frequência, não que não tivesse já visto no Brasil) é o penitente que chega ao confessionário sem saber o que veio fazer, sem ter feito um exame de consciência, sem nem saber discernir o que é pecado e o que não é.

Não é raro ouvir ‘Padre, diga-me o senhor o que eu devo dizer’, ao que sempre respondo: ‘eu só conheço e acuso os meus pecados’. Ou quando percebemos claramente que falta sinceridade ao acusar os pecados, confessam os mais ‘bonitinhos’ e escondem os mais ‘pesados’, e nós, como confessores, temos que ir ‘puxando pra fora’ para ver o que sai. Também estas confissões são passíveis de invalidade, porque faltam a consciência, a verdade, a humildade e o sincero arrependimento. Se não se confia no valor do Sacramento ou se o faz apenas para ter a consciência tranquila, uma ou duas vezes ao ano, não se confia também na Misericórdia de Deus, que pode e quer perdoar todas as nossas falhas.

Isso sem contar que muitos sacerdotes não impõem aos fiéis, ao final da acusação dos pecados, a penitência (que dá nome ao sacramento) ou satisfação, que pertence à integridade da Confissão e que deve ser cumprida pelo fiel penitente o mais rápido possível após a liturgia sacramental.

Enfim, há muito o que se tratar desta questão delicada. Aqui foi só um pensamento a partir de experiências pessoais e pastorais.

Padres, por favor, usem a fórmula da absolvição prevista no ritual! Para o bem das almas, para não gerar dúvidas. É tão simples decorá-la. Não descuidemos dos sacramentos!”

Fonte: Aleteia
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