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Como enfrentar o luto pela morte de um familiar por coronavírus? Especialista explica
Imagem referencial. Crédito: Pixabay.
MADRI, 09 abr. 21 / 12:30 pm (ACI).- No mundo, mais de 2,9 milhões de pessoas morreram devido à Covid-19; e as medidas de segurança impediram que muitos dos familiares pudessem se despedir de seus seres queridos, o que torna o luto pela perda muito difícil.
O religioso camiliano José Carlos Bermejo, diretor do Centro de Humanização da Saúde São Camilo, especialista em humanização da saúde, aconselhamento e luto, em Madri (Espanha), deu uma entrevista à Revista Ecclesia, em abril de 2020, onde explicou como é possível enfrentar a morte.
"É muito difícil. Muitas pessoas se prometeram fidelidade ‘na saúde e na doença, nas alegrias e tristezas, todos os dias de suas vidas’. E agora, nesta crise, os motivos da saúde comunitária nos obrigam a estar separados na maior dor: a separação final, a morte. Expressamos no cuidado recíproco a natureza do nosso amor, do nosso vínculo. E, agora, somos privados dessa chave de ouro do amor: a presença na morte”, expressa.
Por isso, nesta entrevista, incentivou “a reagir com criatividade e reforçar o sentimento comunitário. No coração, passar confiança aos cuidadores profissionais, transmitir-lhes mensagens que possam levar aos doentes isolados, fazê-las chegar com as tecnologias de comunicação que sejam possíveis, substituir o carinho físico pelo carinho emocional e espiritual”.
“A palavra também tem o poder de acariciar. A ausência de ritos e solidariedade nos primeiros momentos do luto é outra variável de sofrimento que pode dificultar o trabalho de elaboração da dor pela perda de um ser querido. Há pessoas que estão reagindo com criatividade e criando assembleias virtuais e orações, e ritos que são seguidos na comunidade virtual. São oportunidades de expressão da solidariedade em tempos de distância física", afirmou o religioso camiliano.
Ele também enfatizou que para superar o luto é necessário “o dinamismo da esperança. É próprio da esperança se lamentar, em um primeiro momento. Quem lamenta é porque deseja que as coisas não sejam do jeito que são, mas de uma maneira diferente. Agora, aquele que se instala na lamentação não dá início ao dinamismo de trabalhar para que o seu desejo se torne realidade. Por isso, é doloroso recriar-se no drama”.
“É saudável desabafar e expressar os sentimentos, também os de desânimo; mas, ao mesmo tempo, precisamos nos comprometer responsavelmente com o que é desejado, confiando em nossos recursos, nos demais, nos recursos do coração, no próprio Deus", assegurou.
Nesse sentido, explicou à revista Ecclesia que "não poder estar no final e naquilo que rodeia a morte, antes e depois da ocorrência, é um fator que pode aumentar a vulnerabilidade a um luto complicado".
"A ausência não impede apenas o contato físico, mas, às vezes, impede a expressão direta de chaves de fechamento, como são os agradecimentos, pedir perdão, verificar visivelmente a dor da separação, contemplar a natureza da morte como processo, presenciar a verdade imposta pela natureza, que é a transformação de um ser vivo em um cadáver...”, indicou.
E, frente à possibilidade de passar por "lutos complicados", Bermejo incentivou "ter a coragem de pedir ajuda com naturalidade aos principais especialistas no acompanhamento de luto complicado, como os Centros de Escuta de São Camilo, que existem na Espanha desde o primeiro, fundado em 1997”.
Em toda essa dor, o religioso camiliano lembrou que “Deus está mais visível do que nunca, se possível. Estamos vendo-o em sua bondade e misericórdia no batalhão de profissionais de saúde e de assistência em centros maiores, que, em circunstâncias extremas e sem recursos de proteção suficientes, demonstram a ternura de Deus e sua presença saudável: que dá saúde e cuidado. Deus está mais visível do que nunca, como sempre esteve, na pessoa que sofre e está crucificada em sua cama, em sua casa, na residência ou no hospital, esperando que outro ser humano tenha o suficiente e necessário para cuidar dele dignamente. Deus sofre naquele sofre, cura através do cuidador”.
Também explicou que “a dimensão espiritual é um fator que protege a resiliência, a possibilidade de crescer na situação traumática. O dinamismo da esperança, próprio do ser humano e muito particular do fiel, reforça o compromisso pelo bem e a paciência na adversidade”.
“O dinamismo de cura da esperança constrói comunidade e esforço para ajudar-nos uns aos outros, fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. A fé em Deus nos permite cultivar a interioridade e o relacionamento pessoal com a parte mais íntima de nós mesmos, e nos direcionar, do mais profundo, para Aquele que sempre esteve e estará do nosso lado e conosco”, destacou.
“Se em outro momento o silêncio era o melhor companheiro do carinho físico e da presença, agora pode ser o contrário. A palavra pode ser o melhor veículo para dizer o que a pele diria. Dizer obrigado, eu te amo, adeus, pedir perdão, resumir o que significou um para o outro ou pedir um legado espiritual, se o outro puder fazer isso, são as chaves para estar nos momentos de despedida, quando isso seja possível", reforçou.
Nesse sentido, José Carlos Bermejo também garantiu que “um dos aprendizados da crise do coronavírus é a conscientização do valor do contato físico. O próprio Jesus valorizou isso, como o descobrimos nas narrações dos milagres da cura”.
“O olhar, nesses momentos, reforça seu valor, pois a possibilidade de contato físico é restrita. O olhar também pode acariciar”, afirmou.
Fonte: ACI digital
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»Do prefácio de S. Ex.ª Rev.ma Card. Angelo Comastri
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