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Origem da Festa da Exaltação da Santa Cruz


Exaltação da Santa Cruz segundo a Tradição

Até o quarto século de nossa era, não se sabia onde estava o madeiro da Cruz do Senhor. Por essa época, a Imperatriz Helena, que tinha aceito a fé cristã, mãe do Imperador de Bizâncio Constantino, recebeu numa noite, em sonho, uma mensagem de Jesus Cristo, na qual ele lhe disse que, com o sinal da Santa Cruz, seu filho seria vitorioso nas batalhas contra seus inimigos, o que, aconteceu. Devido a isso, a Imperatriz decidiu enviar esforços para encontrar o Santo Madeiro da Cruz. Para tanto, enviou uma expedição a Jerusalém, a cidade em que Jesus foi crucificado e sepultado, para que fizessem escavações e procurassem a Cruz do Senhor.

Segundo a tradição, o madeiro em que morreu Cristo Redentor foi descoberto em 326 por Helena, mãe do Imperador Constantino I, o primeiro imperador cristão de Roma, numa data posterior a 312 d.C. quando à Cristandade foi dada liberdade de culto em todo o Império. Helena teria viajado à Terra Santa, fundando igrejas e agências de socorro aos necessitados e teria sido nessa época que a imperatriz descobriu três cruzes usadas na crucifixão de Jesus e de dois ladrões, Dimas e Gesmas, que foram executados com ele. Um milagre revelou qual das três era a Cruz verdadeira, a Vera Cruz.

A tradição ortodoxa, com efeito, narra que quando foram descobertas nas escavações três cruzes, para distinguir a de Jesus Cristo das dos ladrões, foi colocado o cadáver de um homem e, ao simples contato com o madeiro que sustentou o Salvador do mundo, ele foi milagrosamente ressuscitado. Na tradição cristã, uma mulher moribunda foi trazida ao local das cruzes, tendo sido curada pela verdadeira Cruz.

A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta, por ordem de Helena e Constantino. A igreja foi dedicada nove anos após, em 335, com uma parte da cruz em exposição. Em 13 de setembro ocorreu a dedicação da igreja e a cruz foi posta em exposição no dia 14, para que os fiéis pudessem orar e venerá-la. Em 614 os persas invadiram a cidade e tomaram a Cruz, foi levada pelos persas como um troféu de guerra.

Mais tarde, o Imperador Heráclio a recuperou e voltou com a Cruz para a Cidade Sagrada. Para evitar novos roubos, o Santo Madeiro foi dividido em quatro pedaços e separados entre Roma e Constantinopla, enquanto o que ficou em Jerusalém foi deixado em um belo cofre de prata. Dos quatro fragmentos, foram feitos pequenos pedaços para serem distribuídos em várias Igrejas do mundo, os quais foram chamados de Vera Cruz.

A reconquista da Santa Cruz

O dia 14 de setembro, dia da Festa da Exaltação da Santa Cruz, comemora o glorioso fato de reconquista da Santa Cruz das mãos dos persas.

Chosroes II, rei da Pérsia, pegara em armas contra o império oriental romano (610), sob o pretexto de querer vingar as crueldades que o imperador Phocas tinha praticado contra o imperador Maurício. Phocas desapareceu e teve por sucessor Heráclio, governador da África. Este fez proposta de paz a Chosroes, que este rejeitou. Uma cidade após outra caiu em poder dos persas, sem que Heráclio lhes pudesse tolher os passos. Senhor de Jerusalém, Chosroes praticou as maiores atrocidades contra sacerdotes e religiosos, reduziu à cinza as igrejas, e entre outras preciosidades, levou também parte do Santo Lenho, que Santa Helena tinha deixado na cidade Santa.

Heráclio pela segunda vez pediu a paz. O rei bárbaro respondeu-lhe com arrogância e orgulho: "Os romanos não terão paz, enquanto não adorarem o sol, em vez de um homem crucificado". Vendo assim frustrados todos os esforços, Heráclio pôs toda a confiança em Deus e em 622 marchou contra a Pérsia.  Vitorioso no primeiro encontro, na Armênia, no ano seguinte o exército cristão conquistou Gaza, queimou o templo, junto com a estátua de Chosroes, que nele se achava. Chosroes mesmo foi assassinado pelo próprio filho, com o qual Heráclio celebrou a Paz. Uma das primeiras condições desta paz foi a restituição do Santo Lenho, o qual Heráclio levou em triunfo para Constantinopla.

Uma vez livre do jugo dos persas, Heráclio resolveu a solene trasladação do Santo Lenho para Jerusalém. Na primavera do ano 629, com grande comitiva, foi a Cidade Santa, levando consigo a preciosa relíquia. Festas extraordinárias preparam-se na Palestina. Em procissão soleníssima foi levada a Santa Cruz, para ser depositada na Igreja do Santo Sepulcro, no Monte Calvário. O imperador tinha reservado para si a honra de a carregar. Chegada a procissão à porta da cidade que conduz o Gólgota, Heráclio, como que retido por forças invisíveis, não pôde dar mais um passo adiante. O patriarca Zacarias, que se achava ao lado do imperador, levantou os olhos ao céu e como por inspiração divina, disse-lhe: "Senhor! Lembrai-vos de que Jesus Cristo era pobre, quando vós andais vestido de púrpura; Jesus Cristo levava uma coroa de espinhos, quando na vossa cabeça vejo brilhar uma coroa preciosíssima; Jesus Cristo andava descalço, quando vós usais calçado finíssimo". Heráclio, com humildade, aceitou o aviso do patriarca.  Sem demora tirou a coroa, trocou o manto imperial por uma túnica pobre, substituindo o rico calçado por sandálias e, tomando de novo o Santo Lenho, sem dificuldade alguma o levou até a última estação. Lá chegado, todo o povo se acercou da grande relíquia, venerando-a com muita fé. Muitos doentes recuperaram a saúde.

Para todos o dia 14 de setembro de 629 foi um dia de triunfo e da mais pura alegria. Deus ainda o glorificou por milagres, dando a saúde a muitos enfermos. Cristãos do ocidente e do oriente celebram a Festa da Exaltação da Santa Cruz.

Fonte: com dados de
http://www.paginaoriente.com/santos/exaltacaoscruz1409.htm

http://www.catedralortodoxa.com.br/

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