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Aos religiosos, Papa Francisco fala de "guerra mundial contra o matrimônio"


01/10/2016 17:00 Tbilisi (RV) – O primeiro compromisso do Papa Francisco na tarde deste sábado, foi o encontro com os sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas na Catedral de Santa Maria da Assunção, em Tbilisi.

O evento foi introduzido pelo Administrador Apostólico, Dom Pasotto, que falou da experiência desta pequena minoria católica: é um desafio e uma oportunidade ser minoria, mas às vezes é duro. Após seguiram-se quatro testemunhos: um jovem, uma mãe de família, um seminarista e um sacerdote.

Guerra mundial contra o matrimônio. Gênero grande inimigo

O Papa falou de improviso: Hoje, “um grande inimigo” do matrimônio é “a teoria de gênero”. Hoje existe uma guerra mundial para destruir o matrimônio... mas não é destruído com as armas, é destruído com as ideias”, são as “colonizações ideológicas que destroem”. Por isto é necessário “defender-se das colonizações ideológicas”.

O divórcio mancha a imagem de Deus

“O matrimônio – disse – é a coisa mais bonita que Deus criou. A Bíblia nos diz que Deus criou “homem e mulher, os criou à Sua imagem”. Ou seja, o homem e a mulher que tornam-se uma só carne, são a imagem de Deus”. No matrimônio existem as dificuldades, incompreensões, tentações. Seguidamente se quer resolver estas dificuldades com o divórcio. Mas “quem paga as despesas  do divórcio? Duas pessoas pagam”, mas quem paga mais, é “Deus, pois quando se divorcia uma só carne, se mancha a imagem de Deus. E pagam as crianças, os filhos. Vocês não sabem, queridos irmãos e irmãs, vocês não sabem o quanto sofrem as crianças, os filhos pequenos, quando veem as brigas e a separação dos pais. Deve-se fazer de tudo para salvar o matrimônio”.

Os matrimônios se salvam caso se tenha coragem de fazer a paz

“Mas é normal que no matrimônio se brigue: sim, é normal. Acontece. Às vezes voam os pratos. Mas se é amor verdadeiro, então ali se faz a paz logo. Eu aconselho aos casais: briguem o quanto quiserem, briguem o quanto quiserem. Mas não acabem o dia sem fazer as pazes. Sabem por que?  Porque a guerra fria do dia seguinte é muito perigosa”. “Quantos matrimônios – prosseguiu – são salvos caso se tenha a coragem. No fim do dia, não fazer um discurso, mas um carinho, e é feita a paz. Mas é verdade, existem situações mais complexas, quando o diabo se mistura e coloca uma mulher diante de um homem que parece a ele bem mais bonita do que a sua ou quando coloca um homem diante de uma mulher, que parece a ela bem mais bonito do que o seu. Peçam ajuda logo. Quando surge esta tentação, peçam ajuda logo”.

Como ajudar os casais

“E como se ajuda os casais? Se ajuda com a acolhida, a proximidade, o acompanhamento, o discernimento e a integração no corpo da Igreja. Acolher, acompanhar, discernir e integrar. Acolher. Acompanhar. Discernir. Integrar. Na comunidade católica se deve ajudar e salvar os matrimônios”.

As três palavras de ouro: dá licença, perdão, obrigado

Assim, reitera Francisco, as “três palavras de ouro na vida do matrimônio”: dá licença, perdão, obrigado. “Quando existe algo que alguém faz pelo outro, vocês sabem dizer obrigado? E se um dos dois faz uma diabrura, sabem pedir perdão? E se vocês levam em frente um plano, ir pro campo, sabem pedir a opinião do outro? Três palavras: Posso? Obrigado! Perdão! Se nos matrimônios estas palavras são usadas – “Mas, perdoa-me, eu fui ruim”; “Mas, posso fazer isto?” ou “Obrigado pela boa comida que preparaste” – “Posso?”, “obrigado”, “perdão”. Se se utilizam estas três palavras o matrimônio irá bem, em frente”.

A fé de uma senhora idosa

Ao falar de fé, o Papa cita o exemplo de uma senhora muito idosa, um episódio ocorrido no final da Missa em Gyumru, na Armênia, em junho passado. “Ela estava atrás de obstáculos. Era uma mulher humilde, muito humilde. Me saudou com amor e me disse isto: Eu sou armênia, mas moro na Geórgia. E vim da Geórgia!”. Tinha viajado 6-8 horas de ônibus, para encontrar o Papa”. E no dia seguinte, esta mesma senhora havia partido para Yerevan para encontrar novamente o Papa”. “Ser firmes na fé é o testemunho que deu esta mulher. Acreditava que Jesus Cristo, Filho de Deus, tinha deixado Pedro sobre a terra e ela queria ver Pedro. Firmes na fé significa capacidade de receber dos outros a fé, conservá-la e transmiti-la”.

Que os avós transmitam a fé

Ser firmes na fé é também “manter viva a memória do passado, a história nacional e ter a coragem de sonhar e de construir um futuro luminoso. Firmes na fé significa não esquecer aquilo que nós aprendemos. Antes pelo contrário. Fazê-lo crescer e dá-lo aos nossos filhos. É por isto que em Cracóvia dei aos jovens como missão especial falar com os avós. São os avós que nos transmitiram a fé. E vocês que trabalham com os jovens, devem ensinar a eles a ouvirem os avós, a falar com os avós para receber daquela água fresca da fé, trabalhá-la no presente, fazê-la crescer e não escondê-la em uma gaveta... Não! Trabalhá-la, fazê-la crescer e transmiti-la aos nossos filhos”. “Uma planta sem raiz não cresce! Uma fé sem  a raiz da mãe e da avó não cresce! Também uma fé que me é dada e que eu não a dou aos outros, aos menores, aos meus filhos – entre aspas – não cresce!”.

Como superar os momentos escuros da vida

O Papa depois falou dos momentos escuros da vida. Também nós consagrados – disse – “temos momentos escuros. Quando parece que a coisa não vai em frente, quando existem dificuldades de convivência na comunidade, na diocese... Nestes momentos o que se deve fazer é parar. Fazer memória. Memória do momento em que eu fui tocado ou tocada pelo Espírito Santo”. “A perseverança na vocação está radicada na memória daquele carinho que o Senhor nos fez e nos disse: “Vem, vem comigo!”. E isto é o que eu aconselho a todos vocês consagrados: não retroceder, quando existem as dificuldades. E se querem olhar para trás: a memória daquele momento. O único. E assim a fé permanece firme, a vocação permanece firme. Mas com as nossa fraquezas, com os nosso pecados... que todos somos pecadores e todos temos necessidade de nos confessar. Mas a misericórdia e o amor de Jesus são maiores do que os nosso pecados”.

A Igreja é mulher

O Papa Francisco então, falou de uma “Igreja aberta, que não se fecha em si mesma, que seja uma Igreja para todos, uma Mãe madura – a mãe é assim. Existem duas mulheres que Jesus quis para todos nós: sua mãe e a sua esposa. As duas se assemelham. A mãe é a mãe de Jesus e Ele a deixou como nossa mãe. A Igreja é a esposa de Jesus e é também a nossa mãe. Com a Mãe Igreja e a Mãe Maria se pode seguir em frente seguros. E lá encontramos a mulher novamente. Parece que o Senhor tem uma preferência para levar em frente a fé nas mulheres. Maria, a Santa Mãe de Deus; a Igreja, a Santa esposa de Deus... é a avó, a mãe que nos deu a fé. E será Maria, será a Igreja, será a avó, será a mãe, será a avó a defender a fé. Os vossos antigos monges diziam isto, ouçam bem: “Quando existem as turbulências espirituais, é necessário refugiar-se sob o manto da Santa Mãe de Deus”. E Maria é o modelo da Igreja, porque a Igreja é a mulher e Maria é mulher”.

Nunca fazer proselitismo com os ortodoxos

Por fim, o Santo Padre falou da questão do ecumenismo: “Não brigar nunca! Deixemos que os teólogos estudem as coisas abstratas da teologia. O que eu devo fazer a um amigo, um vizinho, uma pessoa ortodoxa? Ser aberto, ser amigo. Mas devo fazer um esforço para convertê-lo? Existe um grande pecado contra o ecumenismo: o proselitismo. Nunca se deve fazer proselitismo com os ortodoxos! São irmãos e irmãs nossas, discípulos de Jesus Cristo. Por situações históricas muito complexas, nos tornamos assim. Tanto eles como nós acreditamos no Pai, no Filho e no Espírito Santo; acreditamos na Santa Mãe de Deus. E o que devo fazer? Não condenar! Não, não posso. Amizade, caminhar juntos, rezar uns pelos outros. Rezar e fazer obras de caridade juntos, quando for possível. Isto é o ecumenismo. Mas nunca condenar um irmão ou uma irmã, nunca deixar de saudá-la porque é ortodoxa”.

Defender-se da mundanidade

E concluiu: “A todos vocês católicos georgianos, vos peço – por favor – de defender-se da mundanidade. Jesus nos falou tão forte contra a mundanidade. E no discurso da Última Ceia pediu ao Pai: “Pai, defenda-os da mundanidade. Defenda-os do mundo”. Peçamos esta graça, todos juntos: que o Senhor nos liberte da mundanidade; nos faça homens e mulheres de Igreja; firmes na fé que recebemos da avó e da mãe; firmes na fé que é segura sob a proteção do manto da Santa Mãe de Deus”. (je)
 
Fonte: Radio Vaticano

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