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Papa Francisco: Mensagem para a Quaresma e Missa de Cinzas (05/03/2014)

Quaresma e Quarta-feira de cinzas
05 de março de 2014


A Quarta-feira de cinzas é o dia que para a Igreja Católica de rito latino marca o início da Quaresma. Dia de jejum e abstinência.

A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal. E também aqui “a abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia.”
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Na Quaresma o Papa pede fé, conversão 
e abertura aos irmãos

Vaticano, 05 Mar. 14 / 01:13 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na sua catequese semanal, durante a Audiência Geral realizada hoje na Praça São Pedro, o Papa Francisco assegurou que a Quaresma é um tempo forte, no qual estamos chamados a viver, como elementos essenciais, uma fé autêntica, conversão e abertura de coração aos irmãos.

Continuando, a íntegra da Catequese do Papa:

Queridos irmãos e irmãs, bom dia

Começa hoje, Quarta-Feira de Cinzas, o itinerário quaresmal de quarenta dias que nos conduzirá ao Tríduo pascal, memória da paixão, morte e ressurreição do Senhor, coração do mistério da nossa salvação.

A Quaresma nos prepara para este momento tão importante, por isto é um tempo “forte”, um ponto de reviravolta que pode favorecer em cada um de nós a mudança, a conversão. Todos nós temos necessidade de melhorar, de mudar para melhor.

A Quaresma nos ajuda e assim saímos dos hábitos cansados e do preguiçoso costume ao mal que nos engana. No tempo quaresmal, a Igreja nos dirige dois importantes convites: adotar uma consciência mais viva da obra redentora de Cristo; viver com mais empenho o próprio Batismo.

A consciência das maravilhas que o Senhor fez para a nossa salvação dispõe a nossa mente e o nosso coração a uma atitude de gratidão para Deus, por quanto Ele nos deu, por tudo aquilo que realiza em favor do seu povo e de toda a humanidade.

Daqui parte a nossa conversão: essa é a resposta grata ao mistério maravilhoso do amor de Deus. Quando nós vemos este amor que Deus tem por nós, sentimos a vontade de nos aproximarmos Dele: esta é a conversão.

Viver a fundo o Batismo – eis o segundo convite – significa também não se habituar às situações de degradação e de miséria que encontramos caminhando pelos caminhos das nossas cidades e dos nossos países.

Há o risco de aceitar passivamente certos comportamentos e de não se surpreender diante das tristes realidades que nos cercam. Nós nos acostumamos com a violência, como se fosse uma notícia cotidiana deduzida; habituamo-nos aos irmãos e irmãs que dormem pelas ruas, que não têm um teto para abrigar-se.

Habituamo-nos aos refugiados em busca de liberdade e dignidade, que não são acolhidos como se deveria. Habituamo-nos a viver em uma sociedade que pretende fazer pouco de Deus, na qual os pais não ensinam mais aos filhos rezar nem fazer o sinal da cruz.

Eu pergunto a vocês: os vossos filhos, as vossas crianças sabem fazer o sinal da cruz? Pensem. Os vossos netos sabem fazer o sinal da cruz? Vocês ensinaram a eles? Pensem e respondam no vosso coração. Sabem rezar o Pai Nosso? Sabem rezar à Nossa Senhora com a Ave Maria? Pensem e respondam. Este costume a comportamentos não cristãos e de comodismo narcotiza o nosso coração!

A Quaresma vem a nós como tempo providencial para mudar a rota, para recuperar a capacidade de reagir diante da realidade do mal que sempre nos desafia. A Quaresma seja vivida como tempo de conversão, de renovação pessoal e comunitária mediante a aproximação a Deus e a adesão confiante ao Evangelho.

Deste modo, permite-nos também olhar com olhos novos para os irmãos e as suas necessidades. Por isto a Quaresma é um momento favorável para se converter ao amor para com Deus e para com o próximo; um amor que saiba fazer propriamente a atitude de gratuidade e de misericórdia do Senhor, que “fez-se pobre para enriquecer-nos com a sua pobreza” (cfr 2 Cor 8, 9).

Meditando sobre os mistérios centrais da fé, a paixão, a cruz e a ressurreição de Cristo, perceberemos que o dom sem medida da Redenção nos foi dado por iniciativa gratuita de Deus.

Dar graças a Deus pelo mistério do seu amor crucificado; fé autêntica, conversão e abertura de coração aos irmãos: estes são elementos essenciais para viver o tempo da Quaresma.

Neste caminho, queremos invocar com particular confiança a proteção e a ajuda da Virgem Maria: seja Ela, primeira crente em Cristo, a nos acompanhar nos dias de oração intensa e de penitência, para chegar a celebrar, purificados e renovados no espírito, o grande mistério da Páscoa do seu Filho.

Papa Francisco na missa de imposição das cinzas: 
"Escolher uma vida sóbria, que não desperdiça, 
que não descarta"

Cidade do Vaticano (Radio Vaticano) - O Papa Francisco presidiu, na tarde desta quarta-feira, a procissão penitencial que partiu da Basílica de Santo Anselmo até a Basílica de Santa Sabina, no bairro Aventino, em Roma, onde celebrou a missa com a bênção e imposição das cinzas.

"Rasgai os vossos corações e não as vossas roupas." "Com essas penetrantes palavras do profeta Joel, a liturgia nos introduz hoje na Quaresma, indicando na conversão do coração a característica deste tempo de graça", frisou o Papa Francisco em sua homilia.

"Segundo o pontífice, "o apelo profético constitui um desafio para todos nós, sem exclusão, e nos recorda que a conversão não se traduz em formas exteriores ou em propósitos vagos, mas envolve e transforma toda a existência a partir do centro da pessoa, da consciência. Somos convidados a tomar um caminho no qual, desafiando a rotina, nos esforcemos para abrir os olhos e os ouvidos, mas, sobretudo, o coração, para irmos além do nosso quintal".

"Abrir-se a Deus e aos irmãos. Vivemos num mundo sempre mais artificial, numa cultura do 'fazer', do 'útil', onde, sem nos darmos conta, excluímos Deus do nosso horizonte. A Quaresma nos chama a 'despertar-nos', a recordar-nos que somos criaturas, que não somos Deus", sublinhou o Santo Padre.

Em relação aos outros corremos o risco de fechar-nos, de esquecê-los. Somente quando as dificuldades e os sofrimentos dos nossos irmãos nos interpelam, somente então podemos iniciar o nosso caminho de conversão rumo à Páscoa. "É um itinerário que compreende a cruz e a renúncia. O Evangelho de hoje indica os elementos deste caminho espiritual: a oração, o jejum e a esmola Todos os três comportam a necessidade de não nos deixarmos dominar pelas coisas que parecem: o que conta não é a aparência; o valor da vida não depende da aprovação dos outros ou do sucesso, mas do que temos dentro", frisou o Papa destacando o primeiro elemento: a oração.

"A oração é a força do cristão e de toda pessoa que crê. Na fraqueza e na fragilidade da nossa vida, podemos dirigir-nos a Deus com confiança de filhos e entrar em comunhão com Ele. Diante de tantas feridas que nos fazem mal e que nos poderiam endurecer o coração, somos chamados a mergulhar-nos no mar da oração, que é o mar do amor sem limites de Deus, para saborear a sua ternura. A Quaresma é tempo de oração, de uma oração mais intensa, mais assídua, capaz de assumir as necessidades dos irmãos, de interceder diante de Deus por tantas situações de pobreza e de sofrimento."

O segundo elemento qualificador do caminho quaresmal é o jejum. "Devemos estar atentos a não praticar o jejum formal, ou que na verdade nos 'sacia' porque nos faz sentir em estado de justiça", disse o pontífice que acrescentou:

"O jejum tem sentido se verdadeiramente atinge a nossa segurança, e também se dele se obtém um benefício para os outros, se nos ajuda a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se curva diante do irmão em dificuldade e cuida dele. O jejum comporta a escolha de uma vida sóbria, que não desperdiça, que não 'descarta'. Jejuar ajuda-nos a treinar o coração à essencialidade e à partilha. É um sinal de tomada de consciência e de responsabilidade diante das injustiças, das arbitrariedades, especialmente em relação aos pobres e pequenos, e é sinal da confiança que recolocamos em Deus e em sua providência."

O terceiro elemento é a esmola: ela indica a gratuidade, porque a esmola se dá a alguém de quem não se espera receber algo em troca.

"A gratuidade deveria ser uma das características do cristão, que, consciente de ter recebido tudo de Deus gratuitamente, isto é, sem nenhum mérito, aprende a doar aos outros gratuitamente. Hoje comumente a gratuidade não faz parte da vida cotidiana, na qual tudo se vende e tudo se compra. Tudo é cálculo e medida. A esmola ajuda-nos a viver a gratuidade do dom, que é liberdade da obsessão da posse, do medo de perder aquilo que se tem, da tristeza de quem não quer partilhar com os outros o próprio bem-estar."

Com seus convites à conversão, a Quaresma vem providencialmente despertar-nos, despertar-nos do torpor, do risco de seguir adiante por inércia. "A exortação que o Senhor nos dirige por meio do profeta Joel é forte e clara: 'Retornai a mim de todo vosso coração'. Por que devemos voltar para Deus? Porque alguma coisa não está bem em nós, em nossa sociedade, na Igreja e precisamos mudar, dar uma reviravolta, converter-nos!", sublinhou ainda o Santo Padre.

"Mais uma vez a Quaresma vem dirigir-nos seu apelo profético, para recordar-nos que é possível realizar algo de novo em nós mesmos e em torno a nós, simplesmente porque Deus é fiel, continua sendo rico de bondade e de misericórdia, e está sempre pronto a perdoar e recomeçar do início. Com essa confiança filial, coloquemo-nos a caminho", concluiu o Papa Francisco. (RL/MJ)

Comentários

  1. Oi Adriana,

    Eu vou tirar quarenta dias fora do Facebook, não como penitencia, mas sim como um tempo a mais para Orar e ler.

    Beijos!

    ResponderExcluir

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