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JMJ Rio 2013-Discurso do Papa Francisco na Via Sacra em Copacaba (26/julho/2013)

 Papa Francisco-26/julho/2013
Via Sacra em Copacana

Emoção, lágrimas e contrição fizeram parte da noite desta sexta-feira, 26, durante a via sacra na praia de Copacabana. O Santo Padre chegou de helicóptero no forte de Copacabana e depois de papamóvel, Francisco seguiu cumprimentando os milhões de peregrinos que o aguardavam na avenida Atlântica; saudou a todos, beijou e abraçou inúmeras crianças.
Durante o trajeto, ele quebrou o protocolo e abençoou uma imagem de São Francisco que estava na orla e fixou uma estátua de pomba branca sob as mãos da imagem do santo.

O Papa Francisco subiu ao palco às 17hs56min, saudando os Cardeais e Bispos presentes e os 35 ‘trabalhadores excluídos’ ou ‘cartoneros’ (catadores de papel) que pediu que fossem buscados na Argentina e colocados no palco principal, próximo a ele. Por volta das 18 horas, Francisco fez a Oração de Abertura da Via Sacra. A cruz percorreu as Estações, passando pela Pedra do Arpoador e a Escadaria Selarón, na Lapa, além de outras ruas da cidade carioca, envolvendo 280 voluntários, durante mais de uma hora, ao som da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, um coral, tudo aliado a um espetáculo de luzes e coreografias. 

O tema refletido na via sacra foi um trecho do Evangelho de São Mateus que diz: "Quem quiser ser meu discípulo tome a sua cruz e siga-me" (Mt 16,24). O texto utilizado na meditação da via dolorosa de Cristo foi escrito pelos padres dehonianos José Fernandes de Oliveira (padre Zezinho, scj) e João Carlos Almeida (padre Joãozinho, scj).

A via sacra é um ato composto por 14 estações, sendo que 13 delas foram encenadas ao longo de cerca de um quilômetro do canteiro central da avenida Atlântica e, a última, no palco central. Cada uma das estações teve um tema relacionado às questões da juventude no mundo contemporâneo: "jovem missionário", "jovem convertido", "jovem de comunidade de recuperação", "jovem falando em nome das mães", "seminarista", "religiosa que luta pela vida", "casal de namorados", "jovem falando pelas mulheres que sofrem", "estudante cadeirante", "jovem das redes sociais", "presidiário ou jovem da pastoral penal", "jovem com doença terminal", "jovem deficiente auditivo" e "jovens da África, América do Norte, da América Latina e do Caribe, da Europa, da Ásia e da Oceania". A via sacra terminou com a oração do "Pater Noster" (Pai Nosso), seguido pela benção do Papa Francisco sobre o fiéis. (Fonte: Canção Nova Notícias)


Eis uma síntese das meditações em cada Estação

Na 1ª estação, rezou-se pelos jovens inocentes que “todos os dias são condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo tipo de consequências do pecado”. 

Na 2ª estação,  o “jovem convertido” que quer ser “instrumento” do amor de Deus.
Na 3ª estação, foram evocadas as preces do “voluntário de uma comunidade de recuperação” que quer ser o Bom Samaritano que “para além dos discursos, tem coragem de levantar quem está caído à beira do caminho e cuidar de suas feridas”.
Na 4ª estação, “Jesus encontra a sua mãe aflita” – recordou as dores das mães que sentem o sofrimento dos seus filhos: “É uma comunhão redentora”.
Na 5ª estação, os “seminaristas” chamados ao sacerdócio, também estiveram presentes com as suas orações e preocupações em serem “um bom pastor”.
Na 6ª estação, a consagrada ao “serviço do irmão” pediu forças, pois encontra “nas vias-sacras da vida tantas vítimas de uma «cultura de morte»”.
Na 7ª estação, os casais de namorados, que pretendem “construir uma família pelos fundamentos e não pelo telhado”, foram recordados.
Na 8ª estação, o sofrimento das mulheres, cuja “vocação” é “do berço até à cruz”.

Na 9ª estação, os “estudantes” são recordados na estação onde “Jesus cai pela terceira vez”: “O conhecimento e a ciência encantam-me, mas muitas vezes seduzem-me e até induzem-me a imaginar que não preciso de ti”. A Via Sacra não esqueceu das redes sociais e da ‘geração que nasceu conectada por meio da internet”. 
Na 10ª estação, é pedido “que a tua graça nos ensine os caminhos para evangelizar o «continente digital» e nos deixe atentos à possível dependência ou confusão entre o real e o virtual”, é o pedido da 10ª estação.
Na 11ª estação, são lembrados os “milhões” de jovens presidiários.

Na 12ª estação, os jovens com doenças terminais.
Na 13ª estação, os jovens “deficientes auditivos”: “Existem momentos em que o silêncio e a contemplação falam muito mais”.
Na 14ª estação, última estação, foram recordados os jovens de todas as regiões do globo. (JE) -(Radio Vaticano)




 Veja o discurso na íntegra e abaixo o vídeo:

Viagem Apostólica ao Brasil
Discurso do Papa Francisco
Via Crucis em Copacabana - RJ
Sexta-feira, 26 de julho de 2013

Queridos jovens,

Viemos hoje acompanhar Jesus no seu caminho de dor e de amor, o caminho da cruz, que é um dos momentos fortes da Jornada Mundial da Juventude. No final do Ano Santo da Redenção, o bem-aventurado João Paulo II quis confiá-la a vocês, jovens, dizendo-lhes: "Levai-a pelo mundo, como sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção" (Palavras aos jovens [22 de abril de 1984]: Insegnamenti VII,1 [1984], 1105). A partir de então a cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a viram e carregaram. Ninguém pode tocar a cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da cruz de Jesus para sua própria vida. Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações: O que vocês terão deixado na cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso país? E o que terá deixado a cruz de Jesus em cada um de vocês? E, finalmente, o que esta cruz ensina para a nossa vida?

1. Uma antiga tradição da Igreja de Roma conta que o apóstolo Pedro, saindo da cidade para fugir da perseguição do Imperador Nero, viu que Jesus caminhava na direção oposta e, admirado, lhe perguntou: "Para onde vais, Senhor?". E a resposta de Jesus foi: "Vou a Roma para ser crucificado outra vez". Naquele momento, Pedro entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, mas entendeu sobretudo que nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de morrer na cruz. Pois bem, Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos. Com a cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; nela Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda de seus filhos, ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a droga; nela Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que todos os dias joga fora toneladas de comida; nela Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho. Na cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida (cf. Jo 3,16).

2. E assim podemos responder à segunda pergunta: o que foi que a cruz deixou naqueles que a viram, naqueles que a tocaram? O que deixa em cada um de nós? Deixa um bem que ninguém mais pode nos dar: a certeza do amor inabalável de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para poder levá-lo, entra também na morte para derrotá-la e nos salvar. Na cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Queridos jovens, confiemos em Jesus, abandonemo-nos totalmente a Ele (cf. Carta Encíclica Lumen fidei, 16)! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em sinal de amor, de vitória e de vida.

O primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de "Terra de Santa Cruz". A cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco.

3. Mas a cruz de Cristo também nos convida a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão. Tantos rostos acompanharam Jesus no seu caminho até a cruz: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres... Também nós diante dos demais podemos ser como Pilatos que não teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos. Queridos amigos, a cruz de Cristo nos ensina a ser como o Cireneu, que ajuda Jesus levar aquele madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura. E você como é? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria?

Queridos jovens, levamos as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a cruz de Cristo; encontraremos um coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor. Assim seja!

Fonte: http://www.portalecclesia.com/

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